GALO DA MACUMBA
Sou da macumba aqui em casa eu tinha um galo negro que eu gostava demais dava o nome dele de ladrão porque o bichinho tinha mania de fura o saco do milho e rouba ração era espoleta que só ele mais eu pegava um carinho danado por ele hoje porém aconteceu um trem que deixou meu coração pesado
meu tio que também mexe com essas coisa de umbanda resolveu que ia pegar meu galo ladrão ele veio cá em casa e levou o bicho pra fazer macumba fiquei triste demais porque mesmo não sendo muito religioso eu tinha um vínculo com aquele galo a gente cria os bicho e acaba se apegando né mais por outro lado eu sei que o galo era dele mesmo quem deu o bicho pra mim foi ele então nem tinha como reclamar
meu tio sabe mexer nessas coisa e eu respeito muito isso porque sei que ele leva a religião a sério mas não vou mentir deu uma dor no peito quando soube que o ladrão virou oferenda fiquei pensando nele correndo pelo quintal bicando as coisa como sempre fazia mais no fim das conta é a vida a gente aprende a aceitar o que não pode mudar mesmo que deixe um vazio ali dentro
de lembrança meu tio me deu a cabeça do galo rapaz quando ele apareceu com aquilo na mão eu fiquei doido na hora comecei a gritar com ele dizendo que era falta de respeito como é que cê pega um troço desses e vem me entregar mas meu tio é daqueles que acha graça em tudo sabe só deu uma risadinha e disse ué achei que cê ia querer guardar de recordação
não sei se ele tava zoando ou falando sério mas fiquei olhando praquela cabeça preta do ladrão e por um instante quase que eu ria também porque vamos combinar o bicho tinha uma cara engraçada com aquela crista torta o jeito que ele olhava mesmo na foto parecia que tava tramando algo
meu tio é desses engraçadinho que não perde oportunidade de tirar onda com a gente no fim eu acabei guardando a cabeça do galo não sei bem porquê talvez porque me lembre do tempo que ele tava por aqui correndo e furando os saco de milho da vida às vezes cê se apega até nas lembrança mais estranha vai entender né
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